Escrever é um ato arriscado. Muitas vezes, debaixo de alguns sentimentos, situações e pensamentos, estão outros, aqueles que a gente nunca quer olhar, que deixamos ali no cantinho e quanto mais quietos, melhor. E vamos colocando coisas por cima sem dar a eles, a atenção que merecem.
Mas quando você escreve, manter tudo isso debaixo dessa capa protetora é mais difícil. A escrita não permite e quando menos espera, lá está: aquela poeira que jogamos embaixo do tapete acreditando que ela sumiria só porque não estávamos mais vendo.
E dói! É difícil! Complicado! Por causa disso, muitas vezes deixei de escrever com a mesma esperança de que tudo deixe de existir só porque ainda está dentro da gente e damos sempre um jeitinho de não olhar.
E a gente sabe que não vai!
Com o tempo percebemos que, colocar pra fora antes que as coisas se compliquem, antes que os nós se apertem e fique ainda mais difícil encontrar a fonte é muito mais vantajoso.
O que fazemos é deixar a escrita puxar, dar nomes, deixar às claras. E assim, com mais clareza e discernimento do que realmente está acontecendo, é muito mais fácil e simples fazer o que tiver que ser feito, mesmo que seja apenas dar tempo ao tempo ou levar isso para um profissional te ajudar a resolver.
O que não dá é deixar nos fazendo mal.
Por mais que dê medo, e dá porque muitas vezes, a gente não sabe o que vai encontrar, pense que é sempre melhor no papel do que dentro de você, no meio do turbilhão de emoções que nos habita.
Reconhecer talvez seja o primeiro passo que damos para resolver qualquer coisa, e quando está difícil, escrever pode te ajudar e muito nisso! Vai por mim! 💙
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